segunda-feira, 20 de junho de 2011

"Meu coração pulou
Você chegou, me deixou assim
Com os pés fora do chão
Pensei: que bom
Parece, enfim, acordei

Pra renovar meu ser
Faltava mesmo chegar você
Assim, sem avisar
Pra acelerar
Um coração que já bate pouco
De tanto procurar por outro
Anda cansado
Mas quando você está do lado
Fica louco de satisfação
Solidão nunca mais

Você caiu do céu
Um anjo lindo que apareceu
Com olhos de cristal
Me enfeitiçou
Eu nunca vi nada igual

De repente
Você surgiu na minha frente
Luz tão sintilante
Estrela em forma de gente
Invasor do planeta amor
Você me conquistou

Me olha, me toca
Me faz sentir
Que é hora, agora
Da gente ir"

Não falo mais da Fênix...Não tenho renascido das cinzas do que antes foi fruto de um incêndio devastador. Mas estou certo de que a destruição [diga-se de passagem, lei Divina] e o fogo [e todos os seus significados] são fundamentais no processo de recomeço, reconstrução.

Drummond disse: "...A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento,perdemos também a felicidade...."

Vou reconstruir uma felicidade sobre bases sólidas. Temores me são humanamente normais, mas não tê-los seria sinal de fuga, prudência egoísta. Não vou me cegar novamente. Vou caminhar rumo ao meu crescimento espiritual e moral, meu auto-conhecimento, minha felicidade.
E não vou sozinho.

domingo, 12 de junho de 2011

Renascimento

Escrevi palavras baseadas em aborrecimentos, angústias e sofrimentos ocultos. Foram dores implícitas, escritas nas entrelinhas de meu espírito que só eu seria capaz de lê-las, e por um motivo simples. Foram escritas por mim mesmo. Com meu punho, com meu coração ferido, com minha mente perturbada.

Passei mais tempo do que eu mesmo imaginei que seria capaz de passar imerso numa névoa cinzenta. Hoje, enxergo melhor além das nuvens de meu psique atordoado.

Há 3 anos, uma essência foi derramada, mexida, interferida. Desde então, começou a morte. A minha morte.

Não tive forças, nem sabedoria, nem coragem, nem maturidade, nem consciência para preservar o self. Hoje encaro uma realidade que me chama de volta a mim mesmo, que busca puxar de volta o Adão que saiu do Éden da cosciência espiritual, amorosa e portanto, feliz.

Abdiquei da essência da vida de todos nós. Abri mão do alimento do espírito. Não soube nutrir minha alma e hoje, reclamamos juntos, corpo, espírito e vida. Ignorei o significado e a importância do mais importante legado dos homens neste planeta: o AMOR.

Inconsciente do meu suicídio espiritual, enfrentei problemas que são vistos como distúrbios psiquiátricos. Sindrome do Pânico, esquizofrenia...choques incoscientes da própria consciência, convulsões da alma.

Agora, engatinho. Devagar, vou reerguendo um espírito que passou muito tempo sem seu precioso alimento. Reaprendo, revivo e acima de tudo, permito (ou melhor, repermito) estar em contato com o essencial à vida!
Aos poucos, e sob proteção e guia Divina, vou me reeducando, readaptando, renascendo na paz e no amor a mim e ao próximo.